Por: Guilherme Levorato
Uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Goiás e a Polícia Civil do Distrito Federal resultou na prisão em flagrante de Gilberto Firmo, de 52 anos, tio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo o UOL , a detenção ocorreu nesta sexta-feira (1º) em Ceilândia, no Distrito Federal, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça goiana.
De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), Gilberto é suspeito de armazenar e compartilhar na internet centenas de arquivos contendo imagens e vídeos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. A ação teve como base “a robustez dos elementos colhidos na apuração”, segundo apontaram as autoridades policiais.
Celular com imagens de abuso infantil foi apreendido – Durante a operação, os agentes localizaram no celular de Gilberto uma série de conteúdos explícitos envolvendo menores de idade. Conforme divulgado pela Polícia Civil, os arquivos estavam salvos na memória interna do aparelho. O celular foi recolhido e será submetido a uma perícia detalhada para aprofundar a investigação.
Embora as autoridades não tenham informado se outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos, confirmaram que a Justiça também autorizou a quebra telemática dos equipamentos com o objetivo de rastrear a origem e a circulação dos materiais.
Gilberto é surdo e, segundo fontes policiais, a condição não impediu o cumprimento dos protocolos legais para a sua prisão e coleta de provas.
Audiência de custódia – Gilberto foi colocado em liberdade neste sabado (2), aós pasar por uma audiência de custódia. De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de armazenamento de conteúdo pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes pode resultar em pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
O que diz a defesa – O advogado Samuel Magalhães, que representa Gilberto Firmo, confirmou à imprensa a prisão de seu cliente, mas destacou que ainda não teve acesso ao conteúdo do inquérito nem aos materiais apreendidos. “Qualquer manifestação conclusiva será feita em momento oportuno, com base na análise técnica e responsável dos elementos constantes dos autos”, afirmou o defensor.
Como denunciar violência contra crianças e adolescentes – Casos de abuso ou exploração sexual infantil podem ser denunciados por meio do Disque 100, canal nacional que funciona de forma gratuita e anônima. Também é possível procurar a delegacia de polícia mais próxima, o Conselho Tutelar da região ou a Promotoria da Infância e Juventude.
Em situações de flagrante ou emergência, o número 190 da Polícia Militar pode ser acionado imediatamente. A omissão diante de situações de violência, negligência ou abuso pode ser considerada crime, conforme prevê o Código Penal. A chamada Lei Henry Borel também estabelece sanções para quem se omitir diante de indícios de violência contra crianças. Para funcionários públicos, como professores e profissionais da saúde, a omissão pode configurar o crime de prevaricação.
Redação com Brasil 247
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