Por: Thayanne Magalhães
Foi reconduzido ao cargo de reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) o professor Josealdo Tonholo. Ele foi eleito pela comunidade acadêmica em consulta pública com mais de 74% dos votos. O decreto de nomeação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), na última quarta-feira (31).
Tonholo vai administrar a Ufal pelo segundo mandato pelo período de quatro anos. Em entrevista à Tribuna, ela afirma que sua segunda gestão tem como prioridade, garantir a permanência do estudante na Universidade.
Ele aponta o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como uma oportunidade muito grande para tentar tratar essa questão da assistência estudantil e da infraestrutura da Universidade.
“O nosso orçamento esse ano já sai da LOA [Lei Orçamentária Anual] aprovado com 6% a menos do que tivemos no ano passado. Então, nesse ano nós vamos executar um orçamento que é compatível com o orçamento que a UFAL teve no ano de 2008. É absolutamente insuficiente para tocar universidade com a qualidade que nós precisamos. Hoje o ‘cobertor está ficando cada dia mais curto’ e estamos deixando alguns setores descobertos, o que traz um prejuízo indiscutível na área da infraestrutura e também traz prejuízos na assistência estudantil, já que os recursos relacionados à política nacional de assistência estudantil estão praticamente congelados nos últimos sete anos”, comenta.
Tonholo conta ainda que a Universidade Federal de Alagass é o terceiro maior orçamento do estado, superado apenas pelo próprio governo do Estado e pelo município de Maceió.
“Só que esse contingenciamento que aconteceu nos últimos anos, particularmente a partir de 2015, prejudica demais o funcionamento da instituição. Por exemplo, hoje nós temos um montante de prédios de infraestrutura instalada que é da ordem de 750 milhões de reais, isso demandaria só de manutenção manual da ordem de 10%, o que seria da ordem de 70 milhões de reais”, explica.
O reitor afirma ainda que, nesse ano, o máximo que vai conseguir alocar para manutenção é R$ 4 milhões.
“Ou seja, nós vamos ter um prejuízo muito grande na manutenção da nossa infraestrutura. Infraestrutura prejudicada, espaços menores. Menos funcionais, e que vão acabar prejudicando as atividades acadêmicas que estão em desenvolvimento. De outro lado, o orçamento da assistência estudantil, que é um dos nossos gargalos. Ele tem ficado praticamente constante nos últimos sete anos, e nós tivemos um aumento substancial dos custos de manutenção de estudantes, seja com as bolsas, seja no restaurante universitário, e o número de beneficiados, e o valor dos benefícios, não acompanha as demandas de vulnerabilidade que nós temos no nosso quadro estudantil”, finaliza.
*Redação com Tribuna Hoje