Por Naian Lucas Lopes
A declaração foi feita durante audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado, em meio à escalada de tensões no Oriente Médio.
Hegseth evitou confirmar se o Departamento de Defesa havia preparado planos específicos de ataque.
Pressionado por senadores, respondeu que as Forças Armadas estão prontas para agir conforme as decisões de Trump, sejam elas voltadas para o conflito ou para a diplomacia. Segundo ele, cabe ao presidente decidir, e o Pentágono estará preparado para executar.
A declaração ocorre em um cenário de confronto entre Israel e Irã, iniciado na última quinta-feira (12) com ataques israelenses a instalações militares e nucleares iranianas.
O Irã respondeu com o lançamento de mísseis balísticos contra Israel. Desde então, os Estados Unidos têm sido pressionados sobre uma eventual participação direta no conflito.
Também na quarta-feira, Trump evitou esclarecer se os EUA pretendem atacar o Irã. Ao ser questionado, limitou-se a dizer que “podem ou não” fazê-lo.
O presidente afirmou ainda que o Irã tentou entrar em contato, mas considerou a tentativa tardia. Durante o pronunciamento, classificou o país persa como “indefeso” em relação à sua capacidade de defesa aérea.
No Irã, o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, reagiu às declarações e ao contexto da crise. Rejeitou a exigência de Trump por uma rendição incondicional e alertou que qualquer ataque americano teria “consequências irreparáveis”.
Afirmou que responderia a qualquer agressão com força e que “guerra será respondida com guerra”.
Nos bastidores, segundo informações da mídia internacional, o governo americano indica que Trump e sua equipe discutem opções militares que incluem apoio aos ataques israelenses. O presidente, no entanto, vetou um plano apresentado por Israel que previa o assassinato de Khamenei.
Ainda assim, os Estados Unidos mantinham a intenção de retomar negociações nucleares com o Irã. Uma rodada de diálogos estava prevista para o domingo (15) em Omã, mas foi cancelada após o início dos ataques.
Segundo relatos da imprensa internacional, Hegseth teria ordenado medidas de prontidão militar, preparando as Forças Armadas para um eventual envolvimento no conflito. Apesar disso, ele não confirmou publicamente a existência de planos detalhados.
As ações indicam que, embora não haja confirmação oficial sobre um ataque, o Pentágono está em estado de alerta diante da possibilidade de uma decisão presidencial.
* iG
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