Um porta-voz das Forças Armadas de Israel disse que não tinha conhecimento de bombardeios naquele local. Mais tarde, os militares disseram que dezenas de pessoas ficaram feridas em decorrência de empurrões e atropelamentos quando caminhões de ajuda chegaram ao norte de Gaza.
O gabinete do presidente palestino Mahmoud Abbas disse que ele “condenou o terrível massacre realizado pelo Exército de ocupação israelense nesta manhã contra as pessoas que esperavam pelos caminhões de ajuda na rotatória de Nabulsi”.
Porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza Ashraf al-Qidra disse que o incidente ocorreu na rotatória de al-Nabusi, a oeste da Cidade de Gaza, na parte norte do enclave.
As equipes médicas não conseguiam lidar com o volume e a gravidade dos ferimentos de dezenas de pessoas que chegavam ao hospital al-Shifa, segundo Qidra.
“Não sabemos quantos estão em outros hospitais”, afirmou Safieyah à Reuters por telefone.
“As negociações conduzidas pela liderança do movimento não são um processo aberto às custas do sangue de nosso povo”, disse, referindo-se às mortes de quinta-feira e dizendo que Israel seria responsável por qualquer fracasso nas negociações.
VÍDEOS MOSTRAM CORPOS EM CAMINHÕES – A guerra em Gaza começou quando o Hamas enviou combatentes para Israel em 7 de outubro. As autoridades de saúde de Gaza dizem que 30.000 pessoas foram confirmadas como mortas no enclave desde então, com milhares de outras supostamente enterradas sob escombros.
Vídeos publicados nas mídias sociais mostraram caminhões carregando muitos corpos. A Reuters verificou a localização de um vídeo na rotatória de al-Nabulsi, que mostrava vários homens imóveis, bem como várias pessoas feridas.
Outro vídeo, que a Reuters não conseguiu verificar, mostrava pessoas ensanguentadas sendo transportadas em um caminhão, médicos tratando pessoas no chão de um hospital e corpos sendo embrulhados em mortalhas.
“Não queremos ajuda assim. Não queremos ajuda e balas juntas. Há muitos mártires”, disse um homem em um vídeo.
*Redação com Brasil 247