Em uma ofensiva diplomática, a Venezuela anunciou que pedirá a prisão do presidente argentino Javier Milei e de suas ministras Karina Milei e Patricia Bullrich. O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, afirmou que a medida se deve ao que ele classificou como “roubo” de um avião venezuelano na Argentina e supostas violações de direitos humanos no governo Milei. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (18).
O caso envolve a apreensão de um Boeing 747 da Emtrasur, uma subsidiária da Conviasa, confiscado pela Argentina a pedido dos Estados Unidos. Caracas alega que a aeronave foi desmontada após ser enviada aos EUA, intensificando as tensões entre os dois países. A chancelaria argentina, por sua vez, respondeu que a decisão foi tomada pelo Poder Judiciário, independente do Executivo, e criticou a falta de separação de poderes na Venezuela.
Além da disputa sobre o avião, Saab indicou que investigará alegações de abusos no governo argentino, mencionando a repressão a protestos de aposentados como possível violação de direitos humanos. Embora a ação tenha pouco efeito prático, ela aumenta o embate diplomático entre os dois países, que já enfrentam investigações judiciais recíprocas.
Redação com Brasil 247