O vereador Vile (PL) protocolou nesta sexta-feira (24) na Câmara Municipal de Belo Horizonte um projeto de lei que proíbe a prefeitura de financiar, contratar e patrocinar qualquer artista que faça apresentações com apologia ou incentivo ao crime organizado e uso de drogas.
No texto, o vereador cita que ficaria vedada a contratação com recursos públicos fica proibida para artistas que além de apologia ao crime e uso de drogas, também tenham apresentações com conteúdo de natureza sexual explícita, práticas ilegais, crime organizado e facções criminosa.
A proposta quer proibir também qualquer evento cultural, festivais ou shows que recebem mesmo que parcialmente recursos do município.
Em entrevista à Itatiaia, Ville citou artistas que, segundo ele, promovem apresentações deste tipo, como o rapper Oruam, e o funkeiro MC Poze.
“A cada dia que passa a gente vê a cultura do crime ser cada vez mais normalizada, e para a gente realmente citar nomes de alguns artistas aí, que estão mais na alta, a gente vê o Oruam, esse MC Pose, atraindo uma massa de jovens que estão aprendendo aí que o crime organizado é algo normal, que facção é algo normal, que ser traficante é algo normal, e a nossa primeira investida foi a gente impedir que esse tipo de música seja tocado dentro das escolas. Na casa, os pais têm um controle né, ali dentro eles vão poder ter o controle, e obviamente uma coisa que tinha que ser clara é que o dinheiro do pagador de imposto belo-horizontino não tem que financiar esse tipo de coisa”, diz o texto.
Polêmica na Câmara de SP
A vereadora da cidade de São Paulo, Amanda Vettorazzo (União Brasil), também protocolou um projeto de lei que pretende proibir shows com apologia ao crime para crianças e adolescentes da capital paulista. Segundo a própria parlamentar, o rapper Oruam teria várias músicas neste sentido.
Inclusive, ela registrou nesta quinta-feira (23) um boletim de ocorrência na polícia relatando estar sofrendo ameaças de fãs do cantor após protocolar o projeto.
Em suas redes sociais, o rapper Oruam criticou a proposta da parlamentar paulista e afirmou que ela “quer cinco minutos de fama”. “Sua doente mental, nós cantamos o que nós vivemos sua idiota. Você quer proibir, mas não tem força para isso”, afirmou Oruam.
Redação com Itatiaia