Em 2020, ela foi considerada a segunda no comando do PCC em Alagoas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público Estadual. Ela participou da movimentação do PCC para executar a adolescente Maria Vitória Conceição Leite, de 16 anos, supostamente simpatizante da facção rival (CV). O caso aconteceu em abril de 2020, no bairro do Benedito Bentes.

Segundo informações do Núcleo de Investigação Especial (NIESP), a mulher veio para o estado após ser presa por tráfico de drogas no município de Cotia, interior de São Paulo, em 2019. Na época, a mulher morava no litoral sul de São Paulo, “de onde participava de conferências para manter a ordem e disciplina das faccionadas, realizar ‘batismos’ de novos integrantes, remanejar membros em funções de liderança e tomar decisões administrativas da facção em Alagoas”, segundo um trecho do processo que tramita no MPE.

O processo também aponta que a mulher presa mantém constante contato com as lideranças regionais e nacionais da facção responsáveis por Alagoas, a fim de informar todas as questões pertinentes ao núcleo feminino, para que as decisões possam ser tomadas pela alta cúpula do PCC sobre tudo o que ocorre no estado.

O celular da suspeita, utilizado para fazer contato com a facção, também foi apreendido, mas ela se recusou a fornecer a senha aos policiais.

Ainda de acordo com o NIESP, a mulher mudava frequentemente de aparência para evitar ser identificada e utilizava vários apelidos no gerenciamento da facção criminosa.