Anadia/AL

9 de maio de 2025

Anadia/AL, 9 de maio de 2025

Correspondente bancário é denunciado por desviar quase R$ 800 mil de clientes

MPAL aponta crimes de peculato, falsidade ideológica e inserção de dados falsos; 17 idosos estão entre as vítimas

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 9 de maio de 2025

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MPAL

Por: Jobison Barros

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou um correspondente bancário vinculado ao Banco do Brasil por se apropriar indevidamente de R$ 723.828,00 pertencentes a 67 clientes de uma agência localizada em Olho d’Água das Flores, no Sertão alagoano. A denúncia foi apresentada pela Promotoria de Justiça da cidade e inclui acusações de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação e falsidade ideológica qualificada.

De acordo com as investigações, o acusado utilizava sua posição de confiança como agente autorizado do banco para acessar ilegalmente contas bancárias, realizar transferências sem autorização, contratar empréstimos fraudulentos e falsificar documentos e autorizações digitais. O esquema, segundo o MPAL, foi executado com tamanha sofisticação que os desvios ocorreram por um longo período sem levantar suspeitas da instituição financeira.

Entre as vítimas do golpe estão 17 idosos com idades entre 62 e 83 anos, o que agrava a situação, segundo o promotor de Justiça Alex Almeida, autor da ação penal.

“O cidadão agiu de má-fé, com planejamento, enganando pessoas que confiavam que seus recursos estavam seguros. Foram 67 vítimas, algumas com mais de 80 anos. Ele deve responder por seus atos e indenizar os prejuízos causados”, afirmou o promotor.

O MPAL também pediu ao Poder Judiciário o sequestro e a indisponibilidade de todos os bens do denunciado, incluindo contas bancárias, imóveis, veículos, criptoativos e eventuais recursos aplicados em jogos eletrônicos. A medida visa garantir o ressarcimento às vítimas e o cumprimento de eventuais penas de multa ou indenização.

Apesar de não ser servidor público, o acusado se enquadra na definição de funcionário público para fins penais, segundo o MPAL, devido à sua atuação como correspondente autorizado de uma instituição financeira federal, o Banco do Brasil, que é sociedade de economia mista.

“Ele tinha acesso a sistemas internos e poderes para movimentar recursos de terceiros. Utilizou essa confiança para praticar crimes graves. Não se trata apenas de furto ou estelionato, mas de peculato e falsidade ideológica”, reforçou o promotor.

O MPAL solicitou, ainda, o pagamento de indenização mínima em favor das vítimas, conforme estipulado no valor total desviado.

Redação com Gazeta web 

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