Anadia/AL

21 de dezembro de 2024

Anadia/AL, 21 de dezembro de 2024

Cultura de Morte: eutanásia, aborto e o valor da vida humana

Humanidade | 18:27 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 11 de junho de 2024

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Negócios de Família

Cada vez mais, estamos vendo a vida humana ser desprezada, desrespeitada e eliminada com crueldade. A cultura de morte está sendo estabelecida.

Não são apenas as guerras fratricidas, os assaltos com mortes, os estupros, os crimes hediondos, os tráficos de drogas, de armas, de crianças e de mulheres, mas, pior ainda, o assassinato frio de milhões de crianças no ventre da mãe, a eutanásia fria de um ser humano ainda em condições de viver, o suicídio assistido e outras práticas que violam a dignidade humana. O recente documento da Santa Sé, Dignitas Infinita, condena essas práticas, além do descarte das pessoas com deficiência, a teoria de gênero, a barriga de aluguel etc.

Sabemos, por exemplo, que idosos de asilos da Holanda e da Bélgica, onde a eutanásia é legalizada, fogem para os asilos da Alemanha, onde a eutanásia ainda não é oficializada, com medo de serem mortos. Nesses países, pratica-se cerca de cinco mil eutanásias por ano.

O que determina o valor de uma vida humana, hoje, é a sua “utilidade”; se ela já não produz, se está doente e gastando muitos recursos para seu tratamento, ocupando um leito do hospital, então, é melhor eliminá-la.

Certamente, essa “cultura da morte”, tão bem denunciada pelos Papas, reflete o profundo neopaganismo que domina o Ocidente, antes a mais forte cultura cristã. Isso nos faz lembrar o que disse São João Paulo II na Encíclica “Jesus Cristo Redentor do Homem” (Redemptor hominis): “O homem que não conhece Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”. O que equivale a dizer que para este homem a vida não tem sentido e que, portanto, é melhor eliminá-la quando se torna um estorvo para os demais.

A desvalorização da vida humana no século XXI

O século XX foi muito alimentado por essa mentalidade por filósofos existencialistas e materialistas como Nietsche, Marcuse, Schopenhauer, Freud, Saramago etc, que envenenaram o mundo com suas culturas que negavam o belo sentido transcendente da vida humana. Para quem segue Jesus Cristo, a vida é sagrada, cheia de valor e de sentido, o próprio sofrimento é transformado em “matéria-prima de salvação” (Michel Quoist) quando unido à Paixão do Senhor.

Nesses dias, foi publicado, na internet, dois casos sintomáticos dessa situação que vivemos: Uma jovem, fisicamente saudável, na Holanda, foi autorizada a praticar a eutanásia. Uma mãe grávida de quíntuplos foi autorizada pela justiça para abortar três dos seus fetos. Como pode uma mãe aceitar eliminar a vida de seus filhos?

Eutanásia: Um caminho perigoso para a morte assistida?

Outra opção da cultura de morte, que hoje cresce, é o suicídio, já assistido autorizado na Holanda, Suíça, Bélgica, Luxemburgo, Canada e Colômbia, além da eutanásia.

E também não há justificativa para a prática do aborto, nem mesmo no caso de estupro ou má formação genética do feto. No caso de estupro, quem tem que ser punido é o estuprador, e não a criança com a morte. No caso de má formação genética ou síndrome de Down, devemos dizer que o que caracteriza uma verdadeira civilização é um cuidado especial com os deficientes, e não a sua eliminação. Eles merecem mais amor que os normais, e não a morte.

Um dos maiores geneticistas, falecido em 1994, internacionalmente laureado, o Professor Jérome Lejeune, francês, professor de Genética da Universidade de Paris, descobridor da causa da Síndrome de Down, afirmou: “No princípio do ser, há uma mensagem, e essa mensagem contém a vida, e essa mensagem é a vida. E se essa mensagem é uma mensagem humana, essa vida é uma vida humana”.

Constituição humana

“As leis biológicas, após estabelecidas, entram imediatamente em vigor e definem a vida. O mesmo se passa quando o ser humano é concebido, isto é, quando a incorporação veiculada pelo espermatozoide vai se encontrar com a que está no óvulo: uma nova “Constituição” humana se manifesta imediatamente e um novo ser dá início a sua existência.” (Conferência pronunciada no Auditório Petrônio Portella, Senado Federal, no dia 27 de agosto de 1991 – publicação de 1992).

Enfim, se o ser humano não se voltar para Deus, e respeitar as leis do Criador, cada vez mais a sociedade humana será destruída e sofredora.

*Redação com Canção Nova

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