A tentativa da Globo de surfar em um tema que viralizou nas redes sociais acabou se tornando um dos maiores tropeços recentes da dramaturgia da emissora. A inserção, completamente improvisada, da temática do bebê reborn na novela caiu muito mal tanto no mercado publicitário quanto dentro da própria empresa. O erro não foi só de tom: faltou responsabilidade, sensibilidade e, sobretudo, compromisso com a narrativa e com o público.

O ponto mais grave é que não houve qualquer consulta prévia a profissionais da área de saúde mental, psicologia ou especialistas que pudessem orientar minimamente o desenvolvimento desse enredo. Pior: a abordagem acabou, de forma desastrada, estimulando indiretamente um mercado paralelo que envolve a comercialização desse tipo de produto. A repercussão negativa foi imediata, e a repercussão interna foi ainda mais dura.

Com exclusividade, a coluna apurou que a direção da Globo ficou furiosa com o rumo tomado pela novela e determinou, sem rodeios, que essa “palhaçada”, como foi classificada nos bastidores, fosse encerrada imediatamente. A ordem já foi dada, e a tendência é que a trama envolvendo o bebê reborn desapareça da novela nos próximos dias. O constrangimento é grande e generalizado.

Vale lembrar que, para essa produção, a Globo havia contratado um consultor de temas sensíveis, uma função que não era habitual nas novelas da emissora. A contratação, que visava justamente evitar situações como essa, hoje já é vista internamente como um erro estratégico. Afinal, se uma temática tão delicada é inserida de maneira atropelada, sem estudo, sem pesquisa e apenas para surfar no hype das redes sociais, o resultado não poderia ser outro além de um fiasco.

Redação com IG

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