Por Iara Vidal
Brasil e China, sob a liderança de Lula e Xi Jinping, estão no centro da resistência internacional contra os avanços autoritários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Desde que reassumiu a Casa Branca para um segundo mandato, em janeiro, o republicano tem adotado medidas unilaterais, elevado tarifas de forma agressiva, pressionado antigos aliados e buscado enfraquecer economias emergentes.
Tarifaço contra o Brasil e resposta imediata
Nesta quarta-feira (6), entraram em vigor as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas por Trump. Embora a lista tenha sido reduzida, com exclusão de cerca de 700 itens, o impacto preocupa setores como a indústria de transformação e o agronegócio. O governo Lula já prepara um plano de contingência e estuda retaliações com base na Lei da Reciprocidade.
A China se manifestou imediatamente em apoio ao Brasil. Em conversa telefônica com Celso Amorim, assessor especial de Lula para política externa, o chanceler Wang Yi, o principal diplomata chinês, condenou a medida de Trump e reforçou a aliança estratégica com o governo brasileiro.
Ainda segundo o diplomata chinês, China e Brasil sempre atuaram em coordenação, defendendo seus interesses legítimos e os interesses comuns do Sul Global. Ele reiterou o compromisso de fortalecer os BRINCS como mecanismo de cooperação e autossuficiência entre países em desenvolvimento.
O relato sobre o telefonema entre os dois diplomatas foi reportado pela jornalista da CGTN em Português Isabela Shi pelas redes sociais.
Brasil amplia presença diplomática em Pequim
Esse alinhamento se reflete no campo diplomático. A presença brasileira na China está crescendo, com novos adidos da Receita Federal, da Polícia Federal e das Forças Armadas sendo designados para atuar em Pequim.
Durante coletiva de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da China nesta quarta-feira (6), o porta-voz Guo Jiakun comentou à Folha de S.Paulo sobre a expansão da atuação diplomática brasileira. Segundo ele, sob a liderança de Lula e Xi Jinping, a construção de uma comunidade China-Brasil com futuro compartilhado tem gerado resultados positivos.
Redação com Revista Fórum
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