Mais de 30 das 102 cidades alagoanas sofrerão com seca severa. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh), o Mapa do Monitor de Secas indica agravamento da estiagem em todo o semiárido alagoano, onde já é possível observar aumento da severidade no alto Sertão. Anualmente, há sempre a preocupação das gestões municipais sobre a paralisação da Operação Carro Pipa, que depende do envio de recursos do Governo Federal para ser mais um importante auxílio na política de minimização dos efeitos da estiagem.
Em contato com a reportagem da Tribuna Independente ontem (9), tanto a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), quanto o 59º Batalhão de Infantaria Motorizado, confirmam que a distribuição de água junto aos municípios que estão enfrentando a seca deve prosseguir. Ou seja, não há sinalização de interrupção pelo Governo Federal da Operação Pipa.
“A AMA está colaborando estreitamente com os municípios, monitorando de perto, empenhada para assegurar que o abastecimento de água alcance toda a população. O monitor de seca da Semarh já sinalizou que a estiagem deste ano será severa”, informou a AMA.
Por sua vez, a assessoria de imprensa do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado confirmou a informação da AMA. “A entrega de água será intensificada na próxima semana”, afirmou.
Ainda de acordo com a Associação dos Municípios Alagoanos, os decretos de situação de emergência por estiagem estão em vigor, e o Exército comunicou que a distribuição por meio de carros-pipa deve prosseguir.
Segundo a Semarh, , os municípios mais afetados pela seca serão Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho d’ água do Casado, Pão de Açúcar, Belo Monte, Palestina, Traipu, Olho d’ água Grande, São Brás, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Á gua Branca, Canapi, Ouro Branco, Senador Rui Palmeira, Maravilha, Carneiros, Minador do Negrão, Cacimbinhas, Major Isidoro, Jaramataia, Batalha, Olivença, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Olho d’ água das Flores, São José da Tapera, Dois Riachos, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema.
“Em novembro, passou de um índice de seca fraca para seca moderada, assim como houve um aumento na área total de seca no estado de Alagoas em cerca de 9% se comparado ao mês anterior. E essa é a tendência para os próximos meses, com o auge do período seco, deveremos ter um aumento gradual da severidade da seca e da área, atingindo todo o Agreste, Sertão e Sertão do São Francisco”, destaca o superintendente em Prevenção de Desastres Naturais da Semarh, meteorologista Vinícius Pinho.
AMA presta apoio e Semarh mantém programas
A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) afirmou, ainda, que segue prestando o papel de orientação e defesa dos municípios na luta para assegurar a distribuição de água potável por meio da Operação Carro-Pipa, no acompanhamento da evolução da estiagem dos municípios, por meio dos relatórios do Monitor da Seca, ferramenta gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).
“A Associação também se empenha em acompanhar, junto às Defesas Civis Municipais, a validade dos decretos de situação de emergência, para garantir a legalidade das ações, recebimento de recursos e a inclusão das cidades em programas que visam reduzir os impactos causados pela seca”, finaliza a AMA.
MONITORAMENTO
Em contato ontem (9), com a Tribuna Independente, a Semarh destacou que monitora as condições climáticas e meteorológicas em todo o Estado.
“Mensalmente é produzido e publicado, com os dados coletados pela Semarh, o Monitor de Secas, um relatório que subsidia o Governo Federal e as Defesas Civis para que esses órgãos determinem ações conforme a situação desse fenômeno natural. O Monitor de Secas é um marcador significativo para o Programa Carro-Pipa, do Governo Federal e gerido pelo Exército Brasileiro”, diz um trecho da nota enviada à reportagem.
A secretaria lembrou, também, que no início do ano de 2023, o governador Paulo Dantas criou a Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais na Semarh, o que permitiu aumentar a capacidade de resposta do Estado frente às questões climáticas. A contratação de mais profissionais e também a aquisição de 60 equipamentos de monitoramento, bem como sua implementação, vêm permitindo um acompanhamento mais detalhado da questão climática, meteorológica e hidrológica por toda Alagoas, o que qualifica auxilia na tomada de decisões a nível Federal, Estadual e Municipal.
Além do monitoramento e compartilhamento de dados sobre a seca com outros órgãos, a Semarh ainda possui programas que visam o abastecimento hídricos em comunidades rurais marcadas pela histórica escassez de água; como é o caso do + Água Alagoas, Microssistemas de Abastecimento Comunitário e, em convênio com o Governo Federal, ainda há o Programa Água para Todos. (T.M.)
✨ Redação com Tribuna Hoje
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