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Muitas décadas atrás, surgia a expressão “banda podre da Polícia Militar”. Foi popularizada em todo o país, inclusive em Alagoas. De certo modo, o pesado termo servia também para amenizar situações graves que marcam a trajetória das forças policiais no país. Os próprios comandantes recorriam a tal retórica para tentar subestimar atos de bandidagem nas tropas. Uma estratégia manjada nesses casos.
Afirmar que o desvio de conduta é coisa de um punhado de aloprados serve para impedir investigações profundas sobre crimes praticados por militares. É só um grupinho insignificante – e alguns frutos podres não podem envenenar todas as árvores da floresta. É o que se dizia no passado, é o que se diz agora. Esse falatório, reitero, serve apenas para sabotar ações concretas de combate às velhas gangs fardadas.
A omissão diante de um histórico de barbaridades não poderia dar em boa coisa. Não é por acaso o que se vê no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. Não que os demais estados estejam livres de episódios nos quais os agentes da lei agem como marginais – e com licença para matar a esmo. É um cenário que atravessa o Brasil inteiro.
Dois fatores ajudaram a recrudescer a calamidade das polícias que atuam como quadrilhas. O fator circunstancial foi a eleição de Jair Bolsonaro, o defensor de tortura como “método de investigação”. O ex-presidente defendeu abertamente a atuação de milícias e de grupos de extermínio. O incentivo ao crime ficou por isso mesmo.
A outra variável que fortalece a maldição de PMs criminosos é o trânsito com eleições e mandatos. Se é policial e pretende virar candidato, tem de sair de vez da tropa, vai para a reserva. Vale o mesmo para todas as corporações, incluindo Polícia Civil, Polícia Rodoviária, Forças Armadas, todo mundo. Ou é policial ou é político.
Para isso, o Congresso precisa aprovar emenda à Constituição que já tramita no parlamento. Somente assim, ficaremos livres, por exemplo, de presepadas como coronéis e delegados que usam a carreira policial para fazer politicagem. Em Alagoas, eles estão por aí. É um privilégio descabido a elementos que usam o aparato de Estado em benefício particular. E claro que esses senhores não querem largar a boa vida.
Isso sem falar na adesão a tramas para golpes de Estado, como se vê nesses dias. Enquanto policiais, civis e militares, continuarem nessa gandaia legislativa, a sociedade seguirá refém dessas corporações. É uma tragédia que tem de ser estancada.
Redação com Blog do Celio Gomes / Cada Minuto
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