Luan Miranda / Ascom PMAL
No dia 4 de outubro é celebrado o Dia Mundial dos Animais. A Polícia Militar de Alagoas, reconhecendo a relevância dos animais para o equilíbrio ambiental, executa diversas iniciativas de conscientização e resgate, por meio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). A unidade apreendeu 4.361 animais silvestres e resgatou outros 1.620 entre janeiro e agosto de 2024.
De acordo com o comandante do BPA, tenente-coronel Sidraiton Soares, o salvamento de animais silvestres traz benefícios significativos para a fauna em Alagoas, contribuindo também para a luta contra a extinção das espécies nativas. “O resgate é uma das principais atividades do BPA. Esses animais são recuperados, assistidos pelos órgãos competentes e posteriormente reintegrados à natureza”, detalhou.
Crimes ambientais em números
Além das ocorrências envolvendo o resgate de animais silvestres, o BPA também trabalha na segurança das Áreas de Proteção Ambiental (APA) e no combate aos crimes ambientais, como a caça ilegal e a pesca pedratória.
Segundo a 2ª Seção do Estado Maior Geral da PM-AL, setor de Estatística e Análise Criminal, no primeiro semestre de 2024 a corporação registrou 625 casos de crimes ambientais. Os meses com maior percentual foram março e maio – cada um com 22,4% dos registros do primeiro semestre.
Quando analisado o período o qual as ações delituosas ocorrem, o horário da tarde é que apresenta maior incidência, sendo 48,34% dos casos. Já o dia da semana com maior número de registros é a quinta-feira, com 19,36%.
A Região Metropolitana de Maceió foi a área com maior número de ocorrências. Nos primeiros seis meses de 2024, a PM-AL atendeu 659 crimes ambientais na região. Já quando se trata da natureza desses delitos, o de cativeiro de animais silvestres é o primeiro em quantidade, com 379 registros.
Educação Ambiental
Além do trabalho de combate ao crime ambiental, o BPA também desenvolve um projeto de conscientização por todo o estado. Através do Núcleo de Educação Ambiental, o batalhão promove palestras, exposições e ações com o objetivo de instruir e educar crianças e adultos para despertar para a importância da preservação do meio-ambiente.
De janeiro a agosto de 2024, o batalhão realizou 80 ações educativas em todo o estado. As atividades alcançaram aproximadamente 21.400 pessoas. “Partimos da premissa do conhecer para preservar. Nós não cuidamos do que não conhecemos, por isso quando ensinamos sobre o meio-ambiente e o uso sustentável dos nossos recursos, levamos as pessoas a perceberem a relevância de um desenvolvimento em equilíbrio com a natureza e da sua proteção”, destacou o sargento Anderson Góes, integrante do núcleo.
Outro trabalho desempenhado pela unidade é o de taxidermização dos animais encontrados mortos. Estas espécimes passam pelo procedimento para preservação da pele, no qual é retirado as estruturas internas que poderiam decompor. Também conhecido como animais empalhados, eles servem tanto para cunho científico, quanto para educacional.
Nas visitas e palestras que o Núcleo de Educação do BPA realiza, os animais taxidermizados despertam a atenção e curiosidade de todos, além de ser uma boa ferramenta para conservar a memória da fauna nativa de Alagoas.
Dia Mundial dos Animais
A data foi escolhida em homenagem ao dia de São Francisco de Assis, que na tradição cristã é o santo padroeiro dos animais e da natureza. O Dia Mundial dos Animais foi estabelecido em 1931, quando órgãos de proteção à fauna e ecologistas pioneiros se reuniram em Florença, na Itália, e durante o Congresso Internacional de Proteção Animal, definiram uma data específica para celebrar anualmente os direitos dos animais.
A criação da data foi um pedido do ativista alemão Heinrich Zimmermann, que em 1925 idealizou e fez a proposição. Apesar disso, os direitos dos animais só foram reconhecidos em 1978, após a Organização das Nações Unidas (ONU) publicar a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. O documento trata sobre a defesa e proteção dos bichos.
Redação com Agência Alagoas