Em audiência ocorrida no dia 10 de outubro de 2023, a Justiça Federal e a Defensoria Pública da União (DPU) pediram o aparelhamento da Defesa Civil Municipal e que o Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL) acionasse a empresa, para a realização de estudos técnicos de georreferenciamento e de impacto ambiental, na área do entrono das explosões da mina a céu aberto, no Povoado Serrote da Laje.
Dezenas de moradores dos povoados Lagoa do Mel, Torrões, Umbuzeiro e Pichilinga denunciaram, desde o ano de 2021, logo após a Vale Verde começar a extrair cobre e minério de ferro, vários problemas nas localidades, como poeira causando danos nas estruturas das casas, problemas respiratórios nas pessoas e impactos econômicos que provocaram a morte de animais e prejuízos na produção agrícola.
Mas a sugestão do IMA não foi colocada em prática pela mineradora, gerando até os dias atuais um impasse na Justiça Federal de Alagoas, impedindo o avanço dos estudos técnicos.
Vale Verde reclama do preço alto para cumprir
A MVV alega que um dos motivos de não cumprir a recomendação é ter considerado alto o valor cobrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte para desenvolver o projeto. A mineradora afirma ainda as operações estão dentro do permitido pelos órgãos reguladores e aguarda uma Audiência de Conciliação, marcada para o dia 5 de novembro.
Enquanto isso, os moradores dos povoados do entorno da mina convivem com a incerteza e continuam aguardando os estudos técnicos e a implantação dos sensores para a finalização do processo na Justiça Federal e as famílias atingidas sejam atendidas em seus direitos acerca dos danos ambientais e econômicos.
A Mineração Vale Verde (MVV), por meio de nota, disse ainda que apoia a ampliação do conhecimento sobre os fatos e reafirma que todas as atividades realizadas pela companhia seguem os controles estabelecidos no Plano de Monitoramento validado pelo Órgão Licenciador. O monitoramento de vibração é realizado permanentemente e protocolado no órgão ambiental competente.
Redação com Tribuna Hoje