Por Mirelle Pinheiro
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde deste sábado, Lucas Ribeiro Leitão (foto em destaque), 30 anos, suspeito de planejar um ataque em Brasília. A prisão, coordenada pela Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCev), ocorreu após trabalhos de inteligência que monitoraram publicações do investigado em redes sociais com ameaças explícitas e convocações violentas.
De acordo com agentes da DPCev, as postagens de Lucas, feitas no Instagram, continham mensagens que incitavam confronto armado, menções a “tomar” territórios e referências a ações coordenadas contra autoridades e cidades.
Trechos publicados e investigados pela polícia incluem frases em que o suspeito diz que “vamos para uma guerra”, que “já temos um primeiro país para conquistar: Portugal” e ameaças de uso de “ogiva pronta para destruir a metade desse país”.
Em outras publicações, ele convoca apoiadores a se encontrarem em rodovias e anuncia intenções de “subir” para Brasília com presos e “virar o ano no presídio com eles”. Em função do teor das postagens, as equipes iniciaram monitoramento e inteligência que culminaram na detenção do suspeito.
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Prisão anterior
A prisão deste sábado ocorre menos de um ano após outra ação contra Lucas. Em 29 de dezembro, ele já havia sido detido na Bahia por equipes da DPCev quando se deslocava em direção ao Distrito Federal.
Na ocasião, o investigado admitiu à polícia que planejava um atentado em Brasília, mencionou “táticas militares” e foi localizado com uma faca. À época, também circulavam publicações em uma conta fechada do Instagram em que Lucas anunciava intenções de “botar fogo” na capital, um “ataque cirúrgico” e pedia aumento drástico da segurança pública no DF, na ordem de “400 vezes”.
“Ele foi preso temporariamente aquela vez, e como não ficou comprovado a prática de nenhuma crime, não respondeu a processo crime. Ele estava livre, passando por tratamento psiquiátrico, e trabalhando”, detalha Borges.
Na sequência daquela prisão, ele passou por audiência de custódia e permaneceu detido enquanto as investigações prosseguiam. A PCDF informou que as novas postagens e o retorno de condutas semelhantes motivaram a reabertura das diligências que culminaram na captura deste sábado.
Investigações
A DPCev, responsável pela prisão, integra investigação especializada em extremismo violento e protege o Distrito Federal contra atos de terrorismo e violência organizada. A apuração agora visa confirmar se havia capacidade operacional concreta, logística, armas, coautores ou planejamento efetivo, para materializar as ameaças veiculadas por Lucas.
Redação com Metrópoles
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