Em abril de 2024, o biólogo Gibson Claudino da Silva, deu início a uma pesquisa de campo visando obter dados quantitativos das espécies de fauna e flora que surgiram e passaram a habitar este novo ecossistema. No estudo científico ele pode observar 30 espécies vegetais que são comuns e outras endêmicas de áreas de restinga; e dentre as espécies animais, observou 15 espécies que vivem ou frequentam este habitat. O biólogo fez um importante registro de duas espécies pertencentes à ordem anura, sapos e rãs; algumas aves, como garças e gaviões; aracnídeos; crustáceos, como siris e caranguejos maria-farinha; caramujos, como por exemplo o caramujo trombeta; peixes nativos, como o robalo, o barrigudinho e uma espécie invasora, a tilápia.
Tudo isso, porque, segundo o biólogo, as restingas desempenham um importante papel no equilíbrio ecossistêmico costeiro. “Em se tratando de um ecossistema rico em biodiversidade, é possível observar variedades de espécies de fauna e flora comumente encontradas em áreas de restinga. As relações ecológicas estabelecidas entre as espécies, a partir da cobertura vegetal que desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio do ecossistema, onde a fauna se beneficia como parte do meio”, afirmou Gibson.
E foi na Barra Nova, bem em frente a antiga e famosa Prainha, em Marechal Deodoro, que ocorreu um importante processo erosivo, onde, por influência das marés e por resultado da dinâmica costeira da região, que sofre influência fluvial das forças resultantes da desembocadura das lagoas Manguaba e Mundaú, que se criou uma laguna, um caso inédito no Brasil.
*Redação com Tribuna Hoje