Anadia/AL

16 de setembro de 2024

Anadia/AL, 16 de setembro de 2024

DER diz que trabalhador caiu de ponte após pular plataforma, mas família contesta versão

Eraldo Rodrigues Neto desapareceu na lagoa após cair da estrutura de uma obra de manutenção da ponte Divaldo Suruagy / 10:34 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 14 de agosto de 2024

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Foto: Cortesia

Por: Tatianne Brandão
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) emitiu nota sobre o incidente com o trabalhador Eraldo Rodrigues Neto, de 21 anos, que caiu de uma plataforma, enquanto trabalhava numa obra de manutenção da ponte Divaldo Suruagy, e desapareceu nas águas da Lagoa Mundaú, nessa terça-feira (13). Segundo o órgão, o funcionário caiu após pular de uma plataforma para outra. A família da vítima, no entanto, contesta a versão.

O órgão disse que testemunhas afirmaram que no momento do acidente o trabalhador usava EPI, “mas, talvez confiando na própria destreza, resolveu pular de uma plataforma para outra e acabou caindo na lagoa”.

O DER destacou que a obra era fiscalizada diariamente e todas as normas de segurança, que incluem a disponibilização e o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), eram atendidas pela construtora responsável.

No entanto, a família da vítima contesta a versão apresentada pelo órgão, nega que Eraldo tenha pulado e alega que a estrutura oferecia aos trabalhadores é precária.

“Meu irmão saiu de casa para trabalhar, como de costume. A informação que eu tenho de quem estava ao lado dele no momento do ocorrido, é que ele não pulou, simplesmente, o tablado de sustentação não aguentou a estrutura e meu irmão caiu. Quem é funcionário sabe a estrutura precária que a empresa disponibiliza. No mês passado aconteceu quase a mesma coisa com outro funcionário, mas graças a Deus não aconteceu o que houve com meu irmão porque ele conseguiu se segurar”, conta Aurilene Duarte Lopes, irmã do trabalhador.

Segundo ela, Eraldo era nascido e criado no Pontal da Barra e sabia nadar. Mas, as circunstâncias de como o acidente ocorreu e o equipamento que ele utilizava para trabalhar podem ter provocado o desaparecimento dele na lagoa.

“Ele estava com um martelete pesado. Uma empresa que trabalha com obra, em altura, tem que ter um técnico de segurança para avaliar a situação trabalhista. Ontem, eu questionei um funcionário sobre essa questão da segurança e ele disse que o técnico estava no contêiner, fazendo relatório, eu perguntei se a obra tinha finalizado, porque ele tinha que estar avaliando se a obra tinha condições de ter um funcionário sendo sustentado. Os próprios funcionários relatam que essa obra está há três anos com o tablado do mesmo jeito. Precisou o meu irmão morrer. Ele não pulou”, ressaltou.

Na manhã desta quarta-feira (14), o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelo trabalhador. No dia da ocorrência, devido às condições, por conta da falta de visibilidade, as buscas foram encerradas.

 

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