Anadia/AL

17 de outubro de 2025

Anadia/AL, 17 de outubro de 2025

Mulher suspeita de aplicar golpe milionário em investidores alagoanos é presa em Sergipe

Golpista prometia lucros de até 30% em investimentos falsos com açaí e enganou dezenas de alagoanos antes de ser presa em Sergipe.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 17 de outubro de 2025

dinheiro

Dinheiro - Foto: Ilustrativa

Por Giovana Chavarria

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) revelou nesta quinta-feira (16) que uma mulher, apontada como a mentora de um esquema de pirâmide financeira que lesou vítimas em Alagoas e Sergipe, foi presa em uma operação realizada na cidade de Lagarto, no interior sergipano. As investigações apontam que o golpe, disfarçado de investimento em empresas do ramo alimentício, movimentou cerca de R$ 2,5 milhões e deixou mais de 20 pessoas prejudicadas, muitas delas alagoanas.

De acordo com as apurações, a suspeita começou a atuar em Alagoas, onde se apresentava como empresária do setor de alimentos e convencia moradores locais a investir em um suposto negócio de comercialização de açaí. Ela prometia lucros mensais entre 20% e 30%, atraindo dezenas de pessoas, principalmente de Maceió e cidades do Agreste.

Segundo o delegado Bruno Alcântara, da Polícia Civil de Sergipe, o esquema seguia o modelo clássico de pirâmide financeira: o dinheiro de novos investidores era usado para pagar os rendimentos prometidos aos participantes mais antigos, criando uma falsa sensação de credibilidade e lucratividade. Quando o fluxo de novos aportes diminuía, os pagamentos cessavam, e as vítimas descobriam o golpe.

Após as primeiras suspeitas surgirem em Alagoas, a mulher deixou o estado e se estabeleceu em Sergipe, onde passou a operar com um novo discurso. Lá, ela dizia trabalhar com a venda de queijos finos, mantendo o mesmo padrão de promessas de lucros altos e rápidos. A mudança de fachada, segundo os investigadores, fazia parte de uma estratégia para dificultar o rastreamento das fraudes.

A prisão da mulher ocorreu após o cumprimento de mandado judicial expedido pela Justiça sergipana. Durante a operação, os agentes recolheram documentos, comprovantes de transferências bancárias e aparelhos eletrônicos que serão usados na investigação. O material apreendido deve ajudar a identificar novas vítimas e a rastrear o caminho do dinheiro.

De acordo com a Lei de Crimes contra a Economia Popular (Lei nº 1.521/51), promover ou participar de esquemas de pirâmide é crime e pode resultar em pena de prisão. A conduta também pode ser enquadrada como estelionato, conforme o artigo 171 do Código Penal.

A Polícia Civil destacou que continuará investigando a extensão do golpe em Alagoas, já que há indícios de que parte do dinheiro arrecadado foi transferida para contas em outros estados. Além disso, a corporação orienta que outras possíveis vítimas procurem a delegacia mais próxima ou façam denúncias anônimas pelo Disque 100 ou pelo Disque-Denúncia (181), com garantia de sigilo.

A mulher está presa à disposição da Justiça, e as autoridades seguem analisando as provas recolhidas.

Fonte: BR 104


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