Anadia/AL

13 de novembro de 2025

Anadia/AL, 13 de novembro de 2025

Caso Braskem é debatido na COP30 em Belém do Pará

MPF e DPU apresentam suas ações em defesa das comunidades e das vítimas atingidas pelo afundamento do solo em Maceió

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 13 de novembro de 2025

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Foto: Ascom MPF

Por: Ricardo Rodrigues

O Caso Braskem foi tema de um painel sobre a tragédia do afundamento do solo em Maceió, apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Defensoria Pública da União (DPU) ontem, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), na Green Zone, em Belém (PA).O evento ocorreu à tarde, no pavilhão da DPU, espaço dedicado à promoção de debates sobre justiça climática, direitos humanos e fortalecimento institucional.

Intitulado “O Caso Braskem”, o painel foi transmitido ao vivo, por videoconferência, do estande da DPU em Belém para todo o Brasil, com a participação online de algumas vítimas.

Participaram do debate as procuradoras da República Roberta Bonfim e Julia Cadete, o defensor regional dos direitos humanos em Alagoas, Diego Bruno Alves, além de representantes das comunidades atingidas. Os palestrantes apresentaram as ações já realizadas, os acordos firmados e discutiram os impactos socioambientais e humanos causados pelo afundamento do solo em Maceió.

Entre as vítimas, falaram Fernando, do bairro Bom Parto, e Renato Inocêncio, dos Flexais. Também estava previsto o depoimento de Maria do Rosário, mas sua participação não foi viabilizada por problemas técnicos na transmissão.

Fernando destacou que cerca de 30 mil moradores do Bom Parto aguardam uma solução para os problemas causados pela mineração predatória da Braskem:

“A bem da verdade, o Bom Parto pede socorro. A gente não suporta mais ouvir as pessoas perguntando quando vamos sair dessa situação. A gente abraça a Força-Tarefa [composta pelos órgãos federais de fiscalização e controle], mas precisamos de uma decisão”, afirmou, referindo-se à ação judicial que cobra a inclusão dos imóveis do bairro localizados nas bordas da zona de risco.

Renato Inocêncio elogiou o trabalho dos órgãos federais e da Defesa Civil Municipal, disse que gostaria de continuar morando nos Flexais, mas cobrou a liberação do seguro-defeso para pescadores e marisqueiras que dependem da Lagoa Mundaú para sustentar suas famílias.

As vítimas convidadas acompanharam a apresentação de forma virtual, garantindo representatividade e voz direta no debate.

“O painel foi transmitido ao vivo pelo canal da DPU no YouTube, ampliando o acesso público às discussões e reforçando o compromisso das instituições com transparência, escuta ativa e cooperação no enfrentamento dos impactos sociais e ambientais decorrentes do Caso Braskem”, concluiu a assessoria de comunicação do MPF em Alagoas.

Redação com Tribuna Hoje

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